Transferência Intratubárica de Zigotos

Introdução
Para começar este trabalho vamos apresentar uma abordagem geral da infertilidade.

A infertilidade é a incapacidade de um casal conceber um filho, após um ano de relações sexuais sem uso de contracetivos e sem intervenção médica. Há dois tipos de infertilidade: a primária e a secundária.
A infertilidade primária é a incapacidade fisiológica de uma primeira gravidez. A infertilidade secundária é quando um casal se encontra com dificuldades de conceber uma gravidez, ainda que já tenha conseguido, pelo menos uma vez.


Um em cada dez casais tem dificuldades de conceção.


Causas de infertilidade Masculina
  • Produção insuficiente ou nula de espermatozoides.
  • Produção de esperma em quantidades muito pequenas.
  •  Produção de espermatozoides de fraca qualidade.
  • Problemas hormonais ou deficiência nos canais deferentes – impedem a maturação e transporte de esperma.
  •  Danos a nível dos testículos – infeções, inflamações, problemas circulatórios.
  • Cancro testicular.
  • Gametogénese anormal.
  • Stress crónico – deficiências hormonais, afeta a produção normal de esperma.
  • Anomalias congénitas dos testículos
  • Deficiência na mobilidade dos gâmetas.
  •  Anomalias da libertação de espermatozoides.
  • Exposição a tóxicos, como o tabaco, álcool e drogas.

Afeta atualmente, pelo menos, um em cada vinte homens.


Causas de infertilidade feminina
  •         Ausência de produção de oócitos.
  •         Ovulação pouco frequente.
  •         Bloqueio das trompas de Falópio.
  •         Problemas ao nível do endométrio.
  •         Danificação ou ausência das trompas de Falópio.
  •         Obstrução do colo do útero.
  •         Endometriose
  •         Extração dos ovários.
  •         Extração do útero.
  •         Produção de um muco cervical muito espesso que bloqueia a entrada de espermatozoides para o útero.
  •         Infeções das vias genitais.
  •         Exposição a tóxicos, como o tabaco, álcool e drogas.


Cerca de uma em cinco mulheres procura ajuda profissional por motivos de infertilidade.
Nos últimos anos o número de mulheres que procurou conselhos médicos sobre a infertilidade, aumentou 25%.
A taxa de infertilidade é de 7% nas mulheres entre os 20 e 24 anos, e de 29% entre os 40 e 44%.


A infertilidade não deve ser motivo de vergonha ou discriminação social. Nos dias de hoje é um problema comum a muitos casais, e deve ser encarado com naturalidade e esperança, pois graças às técnicas atuais de reprodução assistida, é possível os casais afetados por este problema, constituírem família com outro casal qualquer.






Transferência Intratubárica de Zigotos
(ZIFT)

É uma de várias formas de tentar engravidar

O que é? 

É uma variante da transferência intratubárica de gâmetas (GIFT). É uma técnica que permite que, após recolha e seleção de oócitos e espermatozóides, pelas mesmas técnicas da FIV, os gâmetas são postos em contacto in vitro, num meio de cultura adequado durante 18 a 24 horas. Após a fecundação, realiza-se uma laparoscopia e transfere-se o(s) zigoto(s) para as trompas de Falópio.


Casos em que se aplica: 

É utilizado em casais cuja mulher tem um bloqueio das trompas de Falópio, mas tem os ovários e o útero funcionais. Aumenta a taxa de sucesso da nidação.








Método:


1º- Os ovários da mulher são estimulados hormonalmente, favorecendo o desenvolvimento e maturação folicular;

2º - Os folículos com os oócitos II são recolhidos por laparoscopia;

3º- O esperma é recolhido no homem, de modo natural ou cirúrgico, sendo depois selecionados e maturados. Caso o homem tenha baixa contagem de espermatozoides, é possível recolher espermatídios ainda não diferenciados, diferenciá-los e maturá-los em laboratório. Por seleção, dos espermatozoides mais resistentes, com maior mobilidade, e caso pretendido com um determinado cariótipo X ou Y, alguns são escolhidos para fecundar um ou mais oócitos II.

4º- Dos zigotos obtidos pela FIV, alguns são crio preservados para uso posterior caso necessário, e um deles é implantado.


5º - A implantação ocorre por laparoscopia novamente, diretamente nas trompas de Falópio.






O que é a laparoscopia?
O médico faz uma pequena incisão no umbigo e introduz um dispositivo fino chamado laparoscópio - Um instrumento de fibra óptica que permite realizar procedimentos diagnósticos e terapêuticos, daí o nome do exame, na forma de um procedimento cirúrgico através da qual pode-se visualizar os órgãos internos dentro do abdómen e pelve, observando se há inchaço e inflamação das trompas e ovários.




Vantagens:
  • O médico consegue confirmar a fecundação dos óvulos pelo espermatozoide, antes de transplantá-los para o interior das trompas de Falópio, assegurando a formação de um zigoto e podendo escolher o seu sexo. 
  • Esta técnica de reprodução assistida possibilita ainda a deslocação natural do embrião até ao útero.



Desvantagens:
  • A colheita e a transplantação dos óvulos implicam o recurso a uma cirurgia bastante complexa e, por conseguinte, dispendiosa. Também a fertilização dos óvulos fora do organismo da mulher requer trabalho de laboratório, sendo também bastante cara.
  • Relativamente à FIV, a ZIFT tem a mesma ou menor taxa de sucesso, daí que esta técnica não seja das mais utilizadas;      
  • Tal como a GIFT, hoje está praticamente abandonada servindo para casos excepcionais, como na incapacidade de se colocar os embriões através do colo uterino. 
c      

      Curiosidades:
    
    Duração do tratamento: 4 a 6 semanas
       Taxa de sucesso: 29% de hipótese de engravidar
                                      28% de hipótese de dar à luz

     










Sem comentários:

Enviar um comentário